Saudade é melhor do que caminhar vazio.
Peninha
Saudade é um dos sentimentos mais urgentes que existem
Clarice Lispector
Saudade é ser, depois de ter.
Guimarães Rosa
Deus existe para tranquilizar a saudade.
Rubem Alves
Não viva para que a sua presença seja notada,
mas para que a sua falta seja sentida...
Bob Marley
Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro.
Leonardo da Vinci
Tenho saudades de tudo que ainda não vi
Renato Russo
Saudade a gente tem é dos pedaços de nós que ficam pelo caminho
Martha Medeiros
A saudade é o revés de um parto.
Chico Buarque
Metade de mim agora é assim, de um lado a poesia o verbo a saudade, do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim. E o fim é belo, incerto... depende de como você vê!
Fernando Anitelli
Se tu vens às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz.
Antoine de Saint-Exupèry
"Saudade é uma cosquinha que se sente no coração, quando alguém se tornou especial".
Erenildo
A saudade é um lembrete de quem é realmente importante.
Amanda Santos
Saudade é tão dificil de ser definida. Saudade em alguns idiomas sequer existe, sequer possui tradução. No entao, ela arrebata os caminhos.
Minhas saudades atuais:
-Saudades do clube da luluzinha e de comer bolo de chocolate de bolinha com elas...
- Saudades de rir das piadas sem-graças de Leo e partilhar da empolgação de Nana.
- Saudades de abraço de Lua, de ouvir os pedaços de sopro de vida de Shakti.
- Saudades de ir a Maratona do Odeon com meu primo.
- Saudades do abraço querido de minha Tia Mariinha, do meu primo Gugu e de nossas farras em Cabo Frio.
- Saudades de praia no Coqueirão com Marcella ou de um papo longo sempre presente.
- Saudades de meu grande amigo quase paulistano Fábio, agora de volta ao Rio!
- Saudades da minha "eterna sogrinha" Glecy e todo o seu carinho.
- Saudades de viajar de mochila nas costas...
- Saudades de papear profundamente com o mocinho sobre cinema.
- Saudades de ouvir os papos machistas e os conselhos reais de Rodrigo (ESC)
- Saudades de papear no nosso cantinho da UFF com o pôr-do-sol Lilly!
- Saudades de ir ao forró com Gheise, Mi e Dani.
- Saudades das rodas de violão da AJA.
- Saudades das aulas viajantes do meu querido e eterno orientador Ruy...
- Saudades de dor de cabeça de tanto estudar na biblioteca do CCBB.
- Saudades do capuccino da Colombo...
- Saudades de viajar no Reveillon com as hermanas..
- Saudades dos meus queridos de quinta-feira..
- Saudades de fazer crochet e tricot na Yellow House..
- Saudades do Convés, da Cantareira, do Bin, da vida universitaria em Niterói..
- saudades dos arrotos de Washi e Gheise..
- Saudades dos palitinhos de Rio das Ostras de Paulinha...
- Saudades de micas e cartas...
- Saudades de um programinha com as meninas na Lapa..
- Saudades do PC e da Vivi com todo o pacote familia...
- Saudades de Kelly, Anna Clara e Rachel.
- Saudades saudáveis...
Todas elas me fazem sorrir no meio do dia. Todas elas abençoam meus pensamentos na hora de dormir. Todas elas me fazem aumentar ainda mais o crescimento deste sentimento em dimensões e quantidades... Me fazem recorrer a memória...
Saudade!
terça-feira, 30 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
Palpite de hoje: Filmes pós-temporada Oscar 2010 - A single man
Fevereiro e março são os meses que mais me desesperam quanto ao cinema. Meus momentos de lazer se concentram na maratona de colocar todos os filmes com qualquer indicação ao Oscar em dia para acompanhar a cerimônia. E depois, vem as reflexões acerca deles.
Dificilmente concordo com os resultados, rsrsrs, mas procuro encontrar uma mensagem a ser refletida em cada um deles. A arte cinematográfica bate em mim como um espaço profundo de contribuição a refletir sobre o mundo, a vida, os seres humanos, o meu interior.
Foram muitos filmes e muitas reflexões... Acreditem! No entanto, escolhi pra me dedicar a comentar, "Direito de amar", na verdade uma horrorosa tradução de título de "A single man". (Direito de amar parece até título de novela mexicana, eca!).
"A single man" , produzido e dirigido por Tom Ford, um estilista que estreia muito bem aqui como cineasta.
Tom Ford é reconhecido por ter inovado em momentos de crise marcas como Yves Saint Laurent e Gucci. E, assim, definitivamente soube explorar muito bem no longa o brilhantismo que carrega ao tratar de estética nas passarelas da moda. O filme tem uma fotografia, figurino e direção de arte impecáveis e construídos com muita sensibilidade. E, para completar, todos eles ganham ainda mais cor, sabor e até cheiro com a companhia de uma excelente trilha sonora.
Fora as atuações de Colin Firth (merecidamente indicado ao Oscar de melhor ator e que deveria ter sido vitorioso) e a breve mas pulsante atuação de Juliane Moore, há muito ainda o que dizer sobre a história.
Ao contrário do que parece, a história não é focada num debate sobre enlaces e perdas homossexuais. A história fala de crise, desistência pela vida e depois uma sutil recuperação repentina pelo sabor de viver. Mesmo que tarde. No entanto, ainda suficiente para nós telespectadores nos maravilharmos com as circunstâncias que a vida nos coloca e a nossa grande capacidade - mas pouco trabalhada - de reviver.
Renascer em si mesmo. Foi isso que George (Firth) implanta em nossos pensamentos ao longo de uma narrativa que nos faz viajar até sua mente. Para dentro de uma mente que concentra pensamentos tão comuns mas geralmente pouco refletidos por essa sociedade que vive na ditadura do tempo, do sucesso, da beleza, da riqueza e também da arrogância.
Firth não interpreta um personagem-herói ou um fracassado. É um professor universitário de prestígio e ao mesmo tempo imaturo e sem coragem para tantas obviedades. E, por isso, tão perto do público, do humano. Este título de "single" pode ser tanta coisa.. Sozinho, solitário, solteiro, só, singular...
E, o ápice de tudo pra mim ficou na frase-chave de George:
"Na vida as coisas acontecem exatamente como devem ser."
Incrivelmente tocante.
quinta-feira, 25 de março de 2010
E quem duvida?
Achei a charge mais perfeita.. Por que uma coisa sempre me intrigou: Não conheço ninguém que não goste dos Beatles!!!!!!!!
quinta-feira, 18 de março de 2010
Vou sendo como posso - meu momento!
Uma música que traduz tudo do meu momento...
Mistério do Planeta
Os Novos Baianos
Composição: Galvão - Moraes Moreira
Vou mostrando como sou
E vou sendo como posso,
Jogando meu corpo no mundo,
Andando por todos os cantos
E pela lei natural dos encontros
Eu deixo e recebo um tanto
E passo aos olhos nus
Ou vestidos de lunetas,
Passado, presente,
Participo sendo o mistério do planeta
O tríplice mistério do "stop"
Que eu passo por e sendo ele
No que fica em cada um,
No que sigo o meu caminho
E no ar que fez e assistiu
Abra um parênteses, não esqueça
Que independente disso
Eu não passo de um malandro,
De um moleque do brasil
Que peço e dou esmolas,
Mas ando e penso sempre com mais de um,
Por isso ninguém vê minha sacola
Mistério do Planeta
Os Novos Baianos
Composição: Galvão - Moraes Moreira
Vou mostrando como sou
E vou sendo como posso,
Jogando meu corpo no mundo,
Andando por todos os cantos
E pela lei natural dos encontros
Eu deixo e recebo um tanto
E passo aos olhos nus
Ou vestidos de lunetas,
Passado, presente,
Participo sendo o mistério do planeta
O tríplice mistério do "stop"
Que eu passo por e sendo ele
No que fica em cada um,
No que sigo o meu caminho
E no ar que fez e assistiu
Abra um parênteses, não esqueça
Que independente disso
Eu não passo de um malandro,
De um moleque do brasil
Que peço e dou esmolas,
Mas ando e penso sempre com mais de um,
Por isso ninguém vê minha sacola
segunda-feira, 15 de março de 2010
Lista dos 300 discos da MPB mais importantes
Não estou apta a avaliar as decisões, as faltas e os excessos da lista. Só divulgando porque adoro listas e essa meu amigo Kindim mandou a um tempinho.
Os discos:
001 Aracy de Almeida (1950)
002 Ary Barroso (1956)
003 Angela Maria (1959)
004 Benedito Lacerda e Pixinguinha
005 Caco Velho, seu conjunto e Hervê Cordovil – Vida noturna no. 1
006 Carmen Miranda 21/10/2009
007 Celly Campelo (1959)
008 Chiquinha Gonzaga (1999)
009 Dorival Caymmi (1959)
010 Dolores Duran (1979)
011 Emilinha Borba (1992)
012 Elizeth Cardoso (1958)
013 Francisco Alves (2002)
014 Garoto (2003)
015 Jacob do Bandolim (2000)
016 João Gilberto (1959)
017 João Pernambuco (1979)
018 Lamartine Babo (1959)
019 Luiz Gonzaga (2004)
020 Laurindo Almeida (1953)
021 Manezinho Araújo (1974)
022 Marinês e Sua Gente (1959)
023 Moreira da Silva (1958)
024 Native Brazilian Music (1942)
025 Nelson Ferreira (1998)
026 Noel Rosa (1971)
027 Orlando Silva (1995)
028 Sambistas de Bossa e Sambas de Breque (1977)
029 Silvio Caldas (1996)
030 Vassourinha (1976)
031 Vicente Celestino (1961)
032 Alaíde Costa (1963)
033 Altamiro Carrilho (1961)
034 Tom Jobim (1963)
035 Tom Jobim e Frank Sinatra (1967)
036 Astrud Gilberto (1965)
037 Ataulfo Alves (1962)
038 Baden Powell e Vinicius de Moraes (1966)
039 Baden Powell (1963)
040 Bossa Nova at Carnegie Hall (1962)
041 Os Bossa Tres (1963)
042 Antonio Adolfo e A Brazuca (1969)
043 Carlos Lyra (1963)
044 Caetano Veloso (1968)
045 Os Cariocas (1963)
046 Cyro Monteiro (1961)
047 Dom Um Romão (1964)
048 Dick Farney (1967)
049 Dóris Monteiro (1963)
050 Ed Lincoln (1964)
051 Edison Machado (1963)
052 Edu Lobo e Tamba Trio (1965)
053 Edu Lobo (1967)
054 Elza Soares (1968)
055 Elizeth Cardoso – Teatro João Caetano (1968)
056 Os Gatos (1964)
057 Clementina de Jesus e Pixinguinha (1968)
058 Geraldo Vandré (1979)
059 Gilberto Gil (1968)
060 Germano Matias (1968)
061 Gordurinha (1960)
062 Isaura Garcia (1961)
063 Jair Rodrigues (1964)
064 Jackson do Pandeiro (1954)
065 João do Vale (1965)
066 Johnny Alf (1964)
067 Jongo Trio (1965)
068 Jorge Ben (1963)
069 Lúcio Alves (1963)
070 Leny Andrade (1965)
071 Luiz Bonfá (1963)
072 Maysa (1961)
073 Marcos Valle (1965)
074 Meirelles e os Copa 5 (1964)
075 Miltinho (1960)
076 Milton Banana (1963)
077 Moacir Santos (1965)
078 Os Mutantes (1968)
079 Monsueto (1962)
080 Nana Caymmi (1967)
081 Nara Leão (1964)
082 Nelson Gonçalves (1967)
083 Orlandivo (1962)
084 Paulo Vanzolini (1967)
085 Quarteto em Cy (1966)
086 Quarteto Novo (1967)
087 Raul de Souza (1964)
088 Roberto Carlos (1965)
089 Roberto Menescal (1963)
090 Rosa de Ouro (1965)
091 Rosinha de Valença (1963)
092 Sambalanço Trio (1964)
093 Sergio Mendes (1962)
094 Sergio Ricardo (1964)
095 Sidney Miller (1968)
096 Stan Getz João Gilberto (1964) 02/10/2009
097 Tamba Trio (1962)
098 Sylvia Telles (1963)
099 Tito Madi (1964)
100 Victor Assis Brasil (1966)
101 Tropicália (1968)
102 Vinicius e Caymmi (1965)
103 Waldir Azevedo (1968)
104 Walter Wanderley (1967)
105 Wanda Sá (1964)
106 Wilson Simonal (1964)
107 Zé Keti (1967)
108 Zimbo Trio (1968)
109 Adoniran Barbosa (1975)
110 Alceu Valença (1974)
111 Alcione (1975)
112 Ângela Rô Rô (1979)
113 Tom Jobim (1970)
114 Arnaldo Baptista (1974)
115 Arthur Moreira Lima (1977)
116 Azymuth (1977)
117 Banda Black Rio (1977)
118 Belchior (1976)
119 Beto Guedes (1977)
120 Beth Carvalho (1978)
121 Boca Livre (1977)
122 Braguinha (1972)
123 Caetano Veloso (1972)
124 Candeia (1978)
125 Canhoto da Paraíba (1977)
126 Cartola (1974)
127 Carlos Dafé (1977)
128 Cassiano (1976)
129 Chico Buarque (1971)
130 Chico Buarque (1976)
131 Clara Nunes (1975)
132 Milton Nascimento (1972 e 1978)
133 A Cor do Som (1979)
134 Dalva de Oliveira
135 Dona Ivone Lara
136 Dom Salvador e Abolição (1971)
137 Dori Caymmi (1972)
138 Egberto Gismonti (1974)
139 Eduardo Gudin (1975)
140 Elis Regina e Tom Jobim (1974)
141 Elis Regina (1976)
142 Eumir Deodato (1972)
143 Elomar (1979)
144 Elton Medeiros (1973)
145 Fafá de Belém (1976)
146 Fagner (1975)
147 Francis Hime (1973)
148 Gonzaguinha (1973)
149 Gal Costa (1971)
150 Gilberto Gil (1972)
151 Hermeto Pascoal
152 Hyldon (1975)
153 Ismael Silva (1973)
154 Ivan Lins (1979)
155 Jamelão (1972)
156 Jards Macalé (1974)
157 João Bosco (1974)
158 João Donato (1973)
159 João Gilberto (1977)
160 João Nogueira (1975)
161 Jorge Ben (1974)
162 Jorge Ben (1976)
163 Jorge Mautner (1974)
164 Lô Borges (1972)
165 Luis Vagner Lopes (1974)
166 Luiz Eça (1970)
167 Luiz Melodia (1973)
168 Luperce Miranda (1978)
169 Marçal (1978)
170 Maria Bethânia (1972)
171 Mário Reis (1971)
172 Marku Ribas (1973)
173 Marlene (1970)
174 Martinho da Vila (1974)
175 Milton Nascimento (1976)
176 Monarco (1976)
177 Moraes Moreira (1979)
178 MPB4 (1972)
179 Música Popular (Discos Marcus Pereira 1973 a 1976)
180 Naná Vasconcelos (1973)
181 Novos Baianos (1972)
182 Nelson Cavaquinho (1973)
183 Paulinho da Viola (1973)
184 Paulo Moura (1976)
185 Pepeu Gomes (1978)
186 Quinteto Armorial (1974)
187 Radamés Ganattali (1975)
188 Raul Seixas (1973)
189 Renato Andrade (1977)
190 Sambas da Bahia (1973)
191 Rita Lee (1975)
192 Roberto Carlos (1971)
193 Roberto Ribeiro (1976)
194 Sá Rodrix e Guarabira (1973)
195 Sérgio Sampaio (1973)
196 Secos e Molhados (1973)
197 Sivuca (1974)
198 Som Imaginário (1973)
199 Sueli Costa (1978)
200 Taiguara (1976)
201 Tião Carreiro (1976)
202 O Terço (1975)
203 Tim Maia (1975)
204 Tim Maia (1970)
205 Tonico e Tinoco (1977)
206 Tom Zé (1975)
207 Trio Elétrico Dodô e Osmar (1975)
208 Trio Mocotó (1971)
209 Velha Guarda da Portela (1970)
210 Walter Franco (1973)
211 Xangô da Mangueira (1982)
212 Zé Ramalho (1979)
213 Arrigo Barnabé (1980)
214 Bezerra da Silva (1981)
215 Blitz (1982)
216 Barão Vermelho (1984)
217 Camerata Carioca (1983)
218 Capiba (1984)
219 Cauby Peixoto (1980)
220 Cazuza (1988)
221 César Camargo Mariano e Hélio Delmiro (1981)
222 D´Alma (1981)
223 Djavan (1981)
224 Eduardo Dusek (1982)
225 Elba Ramalho (1980)
226 Gang 90 e Absurdettes (1983)
227 Ilê Aiyê (1989)
228 Inocentes (1986)
229 Itamar Assumpção (1980)
230 Ira (1985)
231 João Pacífico (1980)
232 Joyce (1980)
233 Kid Abelha (1984)
234 Jovelina Pérola Negra (1984)
235 Laércio de Freitas (1980)
236 Legião Urbana (1986)
237 Lulu Santos (1984)
238 Lobão (1982)
239 Marina(1987)
240 Ney Matogrosso (1981)
241 O Começo do fim do mundo (1983)
242 Otacílio Batista (1984)
243 Olodum (1987)
244 Pau Brasil (1986)
245 Os Paralamas do Sucesso (1986)
246 Plebe Rude (1985)
247 Renato Borghetti (1984)
248 RPM (1985)
249 Grupo Rumo (1983)
250 Sandra Sá (1983)
251 Thaíde e DJ Hum (1989)
252 Titãs (1986)
253 Toninho Horta (1980)
254 Uakti (1984)
255 Ultraje a Rigor (1985)
256 Vinícius de Moraes (1980)
257 Wilson Batista (1985)
258 Wilson Moreira (1980)
259 Zeca Pagodinho (1986)
260 Adriana Calcanhoto (2004)
261 Bebel Gilberto (2001)
262 Billy Blanco e Radamés (1995)
263 Cássia Eller (1994)
264 Dominguinhos (1998)
265 Chico César (2005)
266 Chico Science (1994)
267 Ed Motta (1997)
268 Fernanda Abreu (1992)
269 Hamilton de Holanda (2000)
270 Inezita Barroso e Roberto Correa (1997)
271 Helena Meirelles (1994)
272 Leila Pinheiro (1996)
273 Los Hermanos (2003)
274 Lenine (1993)
275 Luciana Souza (2002)
276 Luis Carlos da Vila (1995)
277 Marcelo D2 (2003)
278 Margareth Menezes (2006)
279 Marisa Monte (1994)
280 Max de Castro (2000)
281 Mônica Salmaso (1999)
282 Mundo Livre SA (1994)
283 MV Bill (1999)
284 Odair José (2006)
285 Pato Fu (1995)
286 Racionais MC’s (1998)
287 Raimundos (1994)
288 Rafael Rabello (1991)
289 O Rappa (1999)
290 Renato Teixeira (1992)
291 Sepultura (1996)
292 Skank (1996)
293 Tati Quebra Barraco (2004)
294 Tereza Cristina (2004)
295 Tribalistas (2002)
296 Vitor Ramil (1997)
297 Waldick Soriano (2007)
298 Yamandú (2002)
299 Zélia Duncan (2005)
300 Zeca Baleiro (1999)
Se quiser baixar:
baixar um por um no site 300discos.wordpress.com/
Os discos:
001 Aracy de Almeida (1950)
002 Ary Barroso (1956)
003 Angela Maria (1959)
004 Benedito Lacerda e Pixinguinha
005 Caco Velho, seu conjunto e Hervê Cordovil – Vida noturna no. 1
006 Carmen Miranda 21/10/2009
007 Celly Campelo (1959)
008 Chiquinha Gonzaga (1999)
009 Dorival Caymmi (1959)
010 Dolores Duran (1979)
011 Emilinha Borba (1992)
012 Elizeth Cardoso (1958)
013 Francisco Alves (2002)
014 Garoto (2003)
015 Jacob do Bandolim (2000)
016 João Gilberto (1959)
017 João Pernambuco (1979)
018 Lamartine Babo (1959)
019 Luiz Gonzaga (2004)
020 Laurindo Almeida (1953)
021 Manezinho Araújo (1974)
022 Marinês e Sua Gente (1959)
023 Moreira da Silva (1958)
024 Native Brazilian Music (1942)
025 Nelson Ferreira (1998)
026 Noel Rosa (1971)
027 Orlando Silva (1995)
028 Sambistas de Bossa e Sambas de Breque (1977)
029 Silvio Caldas (1996)
030 Vassourinha (1976)
031 Vicente Celestino (1961)
032 Alaíde Costa (1963)
033 Altamiro Carrilho (1961)
034 Tom Jobim (1963)
035 Tom Jobim e Frank Sinatra (1967)
036 Astrud Gilberto (1965)
037 Ataulfo Alves (1962)
038 Baden Powell e Vinicius de Moraes (1966)
039 Baden Powell (1963)
040 Bossa Nova at Carnegie Hall (1962)
041 Os Bossa Tres (1963)
042 Antonio Adolfo e A Brazuca (1969)
043 Carlos Lyra (1963)
044 Caetano Veloso (1968)
045 Os Cariocas (1963)
046 Cyro Monteiro (1961)
047 Dom Um Romão (1964)
048 Dick Farney (1967)
049 Dóris Monteiro (1963)
050 Ed Lincoln (1964)
051 Edison Machado (1963)
052 Edu Lobo e Tamba Trio (1965)
053 Edu Lobo (1967)
054 Elza Soares (1968)
055 Elizeth Cardoso – Teatro João Caetano (1968)
056 Os Gatos (1964)
057 Clementina de Jesus e Pixinguinha (1968)
058 Geraldo Vandré (1979)
059 Gilberto Gil (1968)
060 Germano Matias (1968)
061 Gordurinha (1960)
062 Isaura Garcia (1961)
063 Jair Rodrigues (1964)
064 Jackson do Pandeiro (1954)
065 João do Vale (1965)
066 Johnny Alf (1964)
067 Jongo Trio (1965)
068 Jorge Ben (1963)
069 Lúcio Alves (1963)
070 Leny Andrade (1965)
071 Luiz Bonfá (1963)
072 Maysa (1961)
073 Marcos Valle (1965)
074 Meirelles e os Copa 5 (1964)
075 Miltinho (1960)
076 Milton Banana (1963)
077 Moacir Santos (1965)
078 Os Mutantes (1968)
079 Monsueto (1962)
080 Nana Caymmi (1967)
081 Nara Leão (1964)
082 Nelson Gonçalves (1967)
083 Orlandivo (1962)
084 Paulo Vanzolini (1967)
085 Quarteto em Cy (1966)
086 Quarteto Novo (1967)
087 Raul de Souza (1964)
088 Roberto Carlos (1965)
089 Roberto Menescal (1963)
090 Rosa de Ouro (1965)
091 Rosinha de Valença (1963)
092 Sambalanço Trio (1964)
093 Sergio Mendes (1962)
094 Sergio Ricardo (1964)
095 Sidney Miller (1968)
096 Stan Getz João Gilberto (1964) 02/10/2009
097 Tamba Trio (1962)
098 Sylvia Telles (1963)
099 Tito Madi (1964)
100 Victor Assis Brasil (1966)
101 Tropicália (1968)
102 Vinicius e Caymmi (1965)
103 Waldir Azevedo (1968)
104 Walter Wanderley (1967)
105 Wanda Sá (1964)
106 Wilson Simonal (1964)
107 Zé Keti (1967)
108 Zimbo Trio (1968)
109 Adoniran Barbosa (1975)
110 Alceu Valença (1974)
111 Alcione (1975)
112 Ângela Rô Rô (1979)
113 Tom Jobim (1970)
114 Arnaldo Baptista (1974)
115 Arthur Moreira Lima (1977)
116 Azymuth (1977)
117 Banda Black Rio (1977)
118 Belchior (1976)
119 Beto Guedes (1977)
120 Beth Carvalho (1978)
121 Boca Livre (1977)
122 Braguinha (1972)
123 Caetano Veloso (1972)
124 Candeia (1978)
125 Canhoto da Paraíba (1977)
126 Cartola (1974)
127 Carlos Dafé (1977)
128 Cassiano (1976)
129 Chico Buarque (1971)
130 Chico Buarque (1976)
131 Clara Nunes (1975)
132 Milton Nascimento (1972 e 1978)
133 A Cor do Som (1979)
134 Dalva de Oliveira
135 Dona Ivone Lara
136 Dom Salvador e Abolição (1971)
137 Dori Caymmi (1972)
138 Egberto Gismonti (1974)
139 Eduardo Gudin (1975)
140 Elis Regina e Tom Jobim (1974)
141 Elis Regina (1976)
142 Eumir Deodato (1972)
143 Elomar (1979)
144 Elton Medeiros (1973)
145 Fafá de Belém (1976)
146 Fagner (1975)
147 Francis Hime (1973)
148 Gonzaguinha (1973)
149 Gal Costa (1971)
150 Gilberto Gil (1972)
151 Hermeto Pascoal
152 Hyldon (1975)
153 Ismael Silva (1973)
154 Ivan Lins (1979)
155 Jamelão (1972)
156 Jards Macalé (1974)
157 João Bosco (1974)
158 João Donato (1973)
159 João Gilberto (1977)
160 João Nogueira (1975)
161 Jorge Ben (1974)
162 Jorge Ben (1976)
163 Jorge Mautner (1974)
164 Lô Borges (1972)
165 Luis Vagner Lopes (1974)
166 Luiz Eça (1970)
167 Luiz Melodia (1973)
168 Luperce Miranda (1978)
169 Marçal (1978)
170 Maria Bethânia (1972)
171 Mário Reis (1971)
172 Marku Ribas (1973)
173 Marlene (1970)
174 Martinho da Vila (1974)
175 Milton Nascimento (1976)
176 Monarco (1976)
177 Moraes Moreira (1979)
178 MPB4 (1972)
179 Música Popular (Discos Marcus Pereira 1973 a 1976)
180 Naná Vasconcelos (1973)
181 Novos Baianos (1972)
182 Nelson Cavaquinho (1973)
183 Paulinho da Viola (1973)
184 Paulo Moura (1976)
185 Pepeu Gomes (1978)
186 Quinteto Armorial (1974)
187 Radamés Ganattali (1975)
188 Raul Seixas (1973)
189 Renato Andrade (1977)
190 Sambas da Bahia (1973)
191 Rita Lee (1975)
192 Roberto Carlos (1971)
193 Roberto Ribeiro (1976)
194 Sá Rodrix e Guarabira (1973)
195 Sérgio Sampaio (1973)
196 Secos e Molhados (1973)
197 Sivuca (1974)
198 Som Imaginário (1973)
199 Sueli Costa (1978)
200 Taiguara (1976)
201 Tião Carreiro (1976)
202 O Terço (1975)
203 Tim Maia (1975)
204 Tim Maia (1970)
205 Tonico e Tinoco (1977)
206 Tom Zé (1975)
207 Trio Elétrico Dodô e Osmar (1975)
208 Trio Mocotó (1971)
209 Velha Guarda da Portela (1970)
210 Walter Franco (1973)
211 Xangô da Mangueira (1982)
212 Zé Ramalho (1979)
213 Arrigo Barnabé (1980)
214 Bezerra da Silva (1981)
215 Blitz (1982)
216 Barão Vermelho (1984)
217 Camerata Carioca (1983)
218 Capiba (1984)
219 Cauby Peixoto (1980)
220 Cazuza (1988)
221 César Camargo Mariano e Hélio Delmiro (1981)
222 D´Alma (1981)
223 Djavan (1981)
224 Eduardo Dusek (1982)
225 Elba Ramalho (1980)
226 Gang 90 e Absurdettes (1983)
227 Ilê Aiyê (1989)
228 Inocentes (1986)
229 Itamar Assumpção (1980)
230 Ira (1985)
231 João Pacífico (1980)
232 Joyce (1980)
233 Kid Abelha (1984)
234 Jovelina Pérola Negra (1984)
235 Laércio de Freitas (1980)
236 Legião Urbana (1986)
237 Lulu Santos (1984)
238 Lobão (1982)
239 Marina(1987)
240 Ney Matogrosso (1981)
241 O Começo do fim do mundo (1983)
242 Otacílio Batista (1984)
243 Olodum (1987)
244 Pau Brasil (1986)
245 Os Paralamas do Sucesso (1986)
246 Plebe Rude (1985)
247 Renato Borghetti (1984)
248 RPM (1985)
249 Grupo Rumo (1983)
250 Sandra Sá (1983)
251 Thaíde e DJ Hum (1989)
252 Titãs (1986)
253 Toninho Horta (1980)
254 Uakti (1984)
255 Ultraje a Rigor (1985)
256 Vinícius de Moraes (1980)
257 Wilson Batista (1985)
258 Wilson Moreira (1980)
259 Zeca Pagodinho (1986)
260 Adriana Calcanhoto (2004)
261 Bebel Gilberto (2001)
262 Billy Blanco e Radamés (1995)
263 Cássia Eller (1994)
264 Dominguinhos (1998)
265 Chico César (2005)
266 Chico Science (1994)
267 Ed Motta (1997)
268 Fernanda Abreu (1992)
269 Hamilton de Holanda (2000)
270 Inezita Barroso e Roberto Correa (1997)
271 Helena Meirelles (1994)
272 Leila Pinheiro (1996)
273 Los Hermanos (2003)
274 Lenine (1993)
275 Luciana Souza (2002)
276 Luis Carlos da Vila (1995)
277 Marcelo D2 (2003)
278 Margareth Menezes (2006)
279 Marisa Monte (1994)
280 Max de Castro (2000)
281 Mônica Salmaso (1999)
282 Mundo Livre SA (1994)
283 MV Bill (1999)
284 Odair José (2006)
285 Pato Fu (1995)
286 Racionais MC’s (1998)
287 Raimundos (1994)
288 Rafael Rabello (1991)
289 O Rappa (1999)
290 Renato Teixeira (1992)
291 Sepultura (1996)
292 Skank (1996)
293 Tati Quebra Barraco (2004)
294 Tereza Cristina (2004)
295 Tribalistas (2002)
296 Vitor Ramil (1997)
297 Waldick Soriano (2007)
298 Yamandú (2002)
299 Zélia Duncan (2005)
300 Zeca Baleiro (1999)
Se quiser baixar:
baixar um por um no site 300discos.wordpress.com/
Imagens são momentos congelados -
Esta coleção de fotos antigas e bacanas do morro do Corcovado me foram doadas por uma baiana! rsrsrs.
Obrigada Jujuba por colaborar com a minha carioquice exacerbada de hoje e cada vez mais.
Obrigada Jujuba por colaborar com a minha carioquice exacerbada de hoje e cada vez mais.
Obrigada Mmanu! - Cordel do BBB
Essa já estou pra divulgar há um tempinho. Primeiro porque adoro cordéis... Segundo porque é muito pertinente para o momento que segue. E é divertido!
AMIGOS,
O CORDELISTA ANTONIO BARRETO COLOCA MUITO BEM O QUE MUITO DE NÓS PENSAMOS SOBRE ESTA "CRETINICE" DA GLOBO, QUE SE REPETE PELO DÉCIMO ANO
O educador Antônio Barreto, um dos maiores cordelistas da Bahia, acaba de retornar ao Brasil com os versos mais afiados que nunca depois da polêmica causada com o cordel "Caetano Veloso: um sujeito alfabetizado, deselegante e preconceituoso".
Desta vez o alvo é o anacrônico programa BBB-10 da TV Globo. Nesse novo cordel intitulado "Big Brother Brasil, um programa imbecil" ele não deixa pedra sobre pedra. São 25 demolidoras septilhas (estrofes de 7 versos). Só para dar um gostinho:
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.
Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…
FIM
AMIGOS,
O CORDELISTA ANTONIO BARRETO COLOCA MUITO BEM O QUE MUITO DE NÓS PENSAMOS SOBRE ESTA "CRETINICE" DA GLOBO, QUE SE REPETE PELO DÉCIMO ANO
O educador Antônio Barreto, um dos maiores cordelistas da Bahia, acaba de retornar ao Brasil com os versos mais afiados que nunca depois da polêmica causada com o cordel "Caetano Veloso: um sujeito alfabetizado, deselegante e preconceituoso".
Desta vez o alvo é o anacrônico programa BBB-10 da TV Globo. Nesse novo cordel intitulado "Big Brother Brasil, um programa imbecil" ele não deixa pedra sobre pedra. São 25 demolidoras septilhas (estrofes de 7 versos). Só para dar um gostinho:
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.
Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…
FIM
Plagiando: O bonequinho aplaude de pé: a história da Aninha
Eu acompanhei boa parte dessa história. E me orgulho muito dessa trajetória.
Parabéns amiga! Por tudo que construiu, vc é um exemplo de inspiração quanto à determinação e a falta de comodidade.
Aí segue...
PS: Pode parecer um texto grande, mas nem de longe há uma linha desnecessária.
Abrindo milhares de arquivos nesta fase em que estou “monografando”, deparei-me com um perfil que escrevi sobre minha trajetória acadêmica numa atividade da graduação. Fiz, no entanto, algumas adaptações, acrescentado, por exemplo, algumas informações mais atuais e homenagens à amiga Naty, que por coincidência é a dona do blog...rs
Segue:
Ainda nas séries iniciais, sempre fui vista como uma menina doce, comunicativa, inteligente e muito questionadora e, por tal motivo, acabava ocupando papéis de destaque em brincadeiras coletivas e/ou trabalhos em grupos na escola. Parece um discurso de marketing pessoal, sei. Mas é não. Na verdade, é pra que vocês entendam que algumas aptidões já se manifestam na infância, quando muitos ainda pensam: “Ah, quando crescer ele(a) muda!”. Nem sempre, nem sempre...
Bem, com tamanha facilidade para falar em público e criatividade para elaborar trabalhos escolares originais, despertava o interesse de colegas e professores para ocupar cargos de representante de turma ou iniciar leituras( e eu, sinceramente, adoravaaaaa!rs).
Leitora assídua e atenta dos livros que minha mãe comprava, eu fui amadurecendo rápido. Ao mundo dos livros fui apresentada pelo meu sábio avô, que até seus 90 anos leu incansavelmente. Devorava Pedro Bandeira, Lobato, autores menos conhecidos, histórias em quadrinhos... Eu queria mesmo era ler MUITO. Mas, em contra partida, sempre estudei em colégios vistos pelos especialistas em educação da época (o time ao qual pertenço hoje) como fracos, incompletos, etc, etc. Com isso tive, academicamente falando, uma base defasada em alguns aspectos. Era pouco explorada na escola e as leituras de casa não cabiam na sala de aula; não era hábito dos meus professores a solicitação frequente de leituras. Enfim, muita coisa me foi complementada em casa - ainda bem!- através de meus avós e de minha mãe que trabalhou anos em colégios.
Já na fase do Fundamental II(atual 6º ao 9º ano) comecei bem, numa escola municipal excelente onde tínhamos aulas de técnicas agrícolas, francês, educação musical, OTC, técnicas industriais, as demais disciplinas tradicionais e até artes cênicas(pasmem!). Chama-se João Neves da Fontoura, em Rocha Miranda(mas, infelizmente, nem de longe é a mesma!). E quando tudo ia bem, a minha família melhorou de vida (mas não a ponto de bancar uma escola) e comprou um apartamento em outro bairro, distante para uma menina de 12 anos (na cabeça da maioria das mães). Conclusão: tive que trocar de escola na antiga 6ª série, uma vez que não poderia ir sozinha ao “colégio-paraíso” por medos maternos que só a psicologia explica e que talvez eu entenda quando tiver um filho. Mas “tudo bem!” Com isso, fui estudar numa outra escola pública de dar medo. E foi lá que concluí meu Ensino “Fundamental”, ainda que eu não soubesse muito bem na época que isso era bem contraditório, já que, até então, eu não tinha tido O fundamental. Enfim... formei-me! E formei-me falando “pra mim fazer”( e Naty sabe bem disso. Obrigada, amiga, Valtinho e saudoso Alan rsrs), “menas”, “meia nervosa” e só! Rsrsrsrs. Até porque, eu mandava bem com a minha maneira prolixa, porém bem original na hora das redações e respostas discursivas(que a maioria dos colegas odiava). Eu possuía um saber expressivo e elocucional, linguisticamente falando, que camuflava as defasagens do saber idiomático. E hoje, antecipando o final deste texto, eu valorizo e muito nos meus alunos a capacidade que eles têm de se expressar sem, é claro, deixar de orientá-los em suas dúvidas gramaticais.
Pois bem, veio o Ensino Médio. Médio??? O meu, mais uma vez, era menos que médio(uma espécie de eufemismo só pra não dizer fraco...rs). Fiz a prova e lá estava: Central do Brasil. Ora, ora, 3 anos sem professor de Química e Matemática. Aff! Mas antes que me achem pessimista, eu hei de exaltar a minha grande professora de Biologia, a quem devo até hoje a minha alta pontuação na 1ª fase da UERJ pelos seus inesquecíveis ensinamentos sobre genética, teoria da evolução e tudo o mais que precisamos para levar ao vestibular e à vida. E vivam os genes recessivos, dominantes e suas probabilidades!
Aí, bateu a neura: como encarar um vestibular agora?!?! Eu tinha algumas opções: matricular-me num ótimo pré(Fora! Não tinha grana); Ir trabalhar pra pagar este ótimo pré(Fora! Não ia aguentar o pique por motivos pessoais e familiares que enfrentava); Estudar sozinha em casa (Fora!Nos primeiro 15 dias eu já estava odiando tudo porque tenho algum grau de hiperatividade que não me permite muita concentração e, além do mais, muita coisa eu nem tinha visto na escola). Então, começar por onde? Tentar o vestibular com o conhecimento acadêmico que eu tive, ainda que precário, junto ao meu conhecimento empírico, vindo de todas as fontes de informação que eu soube sugar muito bem (feito!).Já sabia que queria Letras, e não mais Jornalismo, o que já era meio caminho andado... Resultado: fiz 2 meses de projeto UERJ, única opção pagável naquela fase, que pra quem sabe bem é uma correção frenética de exercícios sobre os quais eu NUNCA tinha visto na teoria no Ensino Médio, com algumas exceções. Revisava em casa com bastante interesse o que conseguia absorver no projeto. Então, Resolvi tentar a UERJ para testar “não sei bem o quê” e lá estava eu, tipicamente uma vestibulanda: aflita, cabeça baixa, mão na testa enquanto pensava nas respostas ou enquanto esperava algo do céu! Conclusão em 3 etapas: fiz tudo o que sabia, tudo o que achava que sabia e tudo o que não sabia, escolhendo uma letra igual a todas para um chute mais certeiro. Isso não é orgulho, claro, mas quando saiu o resultado vi que foi o que me ajudou a não zerar o que era impossível fazer com o conhecimento que eu não tinha e garantir o que de fato eu dominava naquela prova. Assim, passei pra segunda fase(específica) com B(acreditem!), pois me saí muito bem em Literatura, Português, Biologia, Geografia e razoavelmente em História e Espanhol. Sobre as demais, prefiro não comentar...
Já na segunda fase, tentei focar nas específicas, mas a falta de base me desanimava quando eu lia coisas que não entendia. Estudei como pude ou como me foi conveniente, tamanha era a preguiça, confesso, mas encarei a “segundona”. Resumindo: ótima em redação e bom rendimento em LP, ESP e LIT. Já História... foi a decepção. Então, como tivemos apenas 1 reclassificação naquele ano, eu não consegui entrar; e não sei se conseguiria caso tivesse uma segunda. E, cá pra nós, não me senti frustrada pelo resultado, óbvio que não. Tenho plena consciência de que meu “esforço” não foi nem um pouco compatível com o grau de exigência e responsabilidade de um vestibular. Desta forma, sobraram-me 2 alternativas: tentar um pré comunitário ou ingressar logo numa faculdade particular. Sendo honesta, optei pela segunda por comodidade, por pressa, por preguiça, por covardia... Mas e a grana que me faltou para o cursinho??? Revelando: usei a meu favor o fato de escrever bem e mandei ver na redação, com isso, ganhei um bom desconto e logo, logo, tornei-me universitária. Ah, claro que não foi o melhor caminho, analisando tudo minuciosamente e com uma auto-crítica em nível elevado, porém não foi o pior, eu lhes garanto. Fiz um pacto comigo mesma de fazer a diferença na faculdade “pagou-passou”(e esse pacto também valeria pra pública, vale lembrar) que, com toda a minha franqueza, nem sempre o rótulo é válido, e nem sempre é descartado(mas não vou entrar neste mérito). O fato é que eu tive professores “medíocres” e professores devidamente comprometidos com sua prática acadêmica. E dei sorte de cair na mão da maioria deles. Tive um corpo docente em Literatura excelente, outro muito bom em Língua Portuguesa e um razoável em Língua Espanhola, mas corri atrás por fora e fui fazer um curso de espanhol na UERJ, com grande seriedade.
Tracei, intencionalmente, um universo paralelo entre os 2 mundos: universidade pública e privada. Ali estava eu, respirando os 2 universos tão segregados pela maioria de egos inflados, através das palestras oferecidas em ambas, dos congressos que tinha como maioria esmagadora as federais e estaduais, dos bate- papos informais com colegas das duas instituições, de professores que lecionavam lá e cá, dos muitos eventos que eu fuçava e encontrava mesmo não sendo uma aluna “direta”(leia-se: graduanda) do campus Maracanã. Eu era apenas uma menina que lá fazia um simples curso de idiomas. Mas como suguei aqueles andares... Bem como os shows na concha acústica, os teatros, os auditórios e os discursos inflamados de seus doutores e personalidades convidadas a palestrarem a quem quisesse ouvir; e eu quis.
A partir de toda esta experiência e da maturidade acadêmica que fui adquirindo gradativamente, eu me tornei uma “grande cabeça” (dos intelectuais e dos sociáveis da minha faculdade, a quem me reservo o direito de não fazer propaganda gratuita rs). Eu fui levando a sério a coisa de fazer a diferença ali dentro. Apresentei bons trabalhos em seminários (destaque pra apresentação de Polyana aos contistas de Noite na Taverna”. Deu o que falar!), suguei ao máximo meus grandes professores, fiz prova para monitoria em Língua Portuguesa e Latim, passei e, consequentemente, uma bolsa integral me foi dada. Tive o melhor orientador da instituição, que se tornou amigo e, hoje, colega de profissão. Ah, e ainda arrumei um namorado(coisa rara na faculdade de Letras rs).
E antes do canudo universitário eu tive conquistas profissionais importantes, porém graduais: estágio remunerado(rs)em 2 escolas, professora de curso de idiomas, primeira aprovação em concurso público(ainda no 3º período, assim como a dona do blog J ), vice-coordenação de escola e uma série de outros caminhos dentro do magistério.
Mas a vida acadêmica não se encerra, renova-se. Logo, fui buscar aperfeiçoamento, novas descobertas e resolvi tentar uma Pós pública (pra fazer uma espécie de compensação comigo mesma por ter desistido lá atrás do vestibular). E consegui. Consegui não apenas uma pública, mas a melhor na minha área. Consegui uma das 40 vagas que lá estavam disponíveis naquela espécie de vestibular (vários canditados, 4 horas, fiscais, pererê, parará). Com uma crise de amigdalite cruel eu obtive força divina e fiz uma das melhores provas da minha vida (tudo bem que à noite a amiga Naty teve que me levar ao hospital...kkkkkk). Agora, estou na minha fase de conclusão monográfica (depois de pedir todas as prorrogações possíveis rsrss) e cheia de dúvidas quanto ao que quero profissionalmente. Tenho certeza do que não quero mais, o que já ajuda neste mundo de constantes pressões.
Não me arrependo em momento algum de ter escolhido a carreira que escolhi. Além de uma paixão pela Língua Portuguesa(hoje, bem mais do que pela Espanhola), pela Literatura e por tudo que as envolve, eu tenho a tranquilidade de saber que a minha escolha acadêmica (já anunciada na infância) servirá pra TUDO o que eu vier a fazer na vida. E mesmo que eu ganhe na mega-sena e decida não fazer mais nada oficialmente, ela me será útil. Útil por motivos diversos e antagônicos, que nem sempre terão a ver com as gramáticas, com os arcaísmos, com os dicionários, com os clássicos literários. A Língua Portuguesa me deu cultura, assim como me ensinou a cometer vícios de linguagem sem que eu fique presa aos julgamentos dos que me ouvem ou leem(pois quem conhece bem a minha trajetória acadêmica e profissional sabe, por tabela, que eu posso me desprender de certas formalidades linguísticas sem ter medo de ser mal compreendida). Aqui, faço uso do meio termo pra não desprestigiar o blog da minha amiga...rsrsrsrs
Seguindo: Amo lecionar, mas ando com uma vontade imensa de experimentar os sabores de outras áreas. São porquês ainda sem respostas definidas, mas hei de tentar novos caminhos. Não me culpo por isso, não me sinto fraca e nem covarde por, de repente, começar do zero numa área profissional intransitável por mim, até então. Entretanto, eu não sou adepta aos radicalismos, o que quer dizer que, se não der certo, eu volto se quiser voltar, ou pego atalhos que ainda não me foram apresentados.
Façam suas escolhas, mediante seus desejos. Melhor que não sejam impulsivas, como foi no meu caso, mas, se assim acontecer, há tempo para um novo começo. Espero ter podido ajudar a todos que estão na fase de escolhas (independente do vestibular).
Expus da forma mais latente a minha trajetória pra mostrar que às vezes começamos por caminhos meios “tortos”, meio bambos, mas acabamos numa linha linear e mais segura. E não tive em um só minuto a intenção de levantar a bandeira do “não passou pra pública??? Não perca tempo, vá agora para a particular da esquina da sua rua.” Quis apenas mostrar que há muitos caminhos, muitas opções. A minha escolha inicial não foi a mais acertada em alguns aspectos, só que soube consertá-la sem que me causasse nenhum dano. Honestamente, sei bem das diferenças entre as duas pontas do ice Berg e creiam: não são mitos, elas de fato existem. Algumas são mais visíveis, outras nem tanto, mas existem. Mas este relato destina-se a uma reflexão que vai além do “o que é melhor, pública ou privada?”; ela quer levá-lo(la) a outras indagações, nem mais, nem menos importantes, mas que têm a ver com “o que é melhor pra mim?”
Apesar da ênfase a alguns resultados, a algumas conquistas, não quero lhes passar um discurso pretensioso. O meu real objetivo é mostrar que tive minhas limitações, tive minhas inquietudes, meus atos de covardia... No entanto, dentro da minha realidade, acredito ter superado dificuldades, ter conseguido virar o jogo. Isso não quer dizer que tenho uma história incrível, destas de dar matéria no Fantástico, mas pode ser uma história que ajude a construir outras, que ajude a somar em algum sentido ou que simplesmente sirva de base para você dizer: quero fazer tudo diferente. Eis-me aqui, apenas contribuindo.
Parabéns amiga! Por tudo que construiu, vc é um exemplo de inspiração quanto à determinação e a falta de comodidade.
Aí segue...
PS: Pode parecer um texto grande, mas nem de longe há uma linha desnecessária.
Abrindo milhares de arquivos nesta fase em que estou “monografando”, deparei-me com um perfil que escrevi sobre minha trajetória acadêmica numa atividade da graduação. Fiz, no entanto, algumas adaptações, acrescentado, por exemplo, algumas informações mais atuais e homenagens à amiga Naty, que por coincidência é a dona do blog...rs
Segue:
Ainda nas séries iniciais, sempre fui vista como uma menina doce, comunicativa, inteligente e muito questionadora e, por tal motivo, acabava ocupando papéis de destaque em brincadeiras coletivas e/ou trabalhos em grupos na escola. Parece um discurso de marketing pessoal, sei. Mas é não. Na verdade, é pra que vocês entendam que algumas aptidões já se manifestam na infância, quando muitos ainda pensam: “Ah, quando crescer ele(a) muda!”. Nem sempre, nem sempre...
Bem, com tamanha facilidade para falar em público e criatividade para elaborar trabalhos escolares originais, despertava o interesse de colegas e professores para ocupar cargos de representante de turma ou iniciar leituras( e eu, sinceramente, adoravaaaaa!rs).
Leitora assídua e atenta dos livros que minha mãe comprava, eu fui amadurecendo rápido. Ao mundo dos livros fui apresentada pelo meu sábio avô, que até seus 90 anos leu incansavelmente. Devorava Pedro Bandeira, Lobato, autores menos conhecidos, histórias em quadrinhos... Eu queria mesmo era ler MUITO. Mas, em contra partida, sempre estudei em colégios vistos pelos especialistas em educação da época (o time ao qual pertenço hoje) como fracos, incompletos, etc, etc. Com isso tive, academicamente falando, uma base defasada em alguns aspectos. Era pouco explorada na escola e as leituras de casa não cabiam na sala de aula; não era hábito dos meus professores a solicitação frequente de leituras. Enfim, muita coisa me foi complementada em casa - ainda bem!- através de meus avós e de minha mãe que trabalhou anos em colégios.
Já na fase do Fundamental II(atual 6º ao 9º ano) comecei bem, numa escola municipal excelente onde tínhamos aulas de técnicas agrícolas, francês, educação musical, OTC, técnicas industriais, as demais disciplinas tradicionais e até artes cênicas(pasmem!). Chama-se João Neves da Fontoura, em Rocha Miranda(mas, infelizmente, nem de longe é a mesma!). E quando tudo ia bem, a minha família melhorou de vida (mas não a ponto de bancar uma escola) e comprou um apartamento em outro bairro, distante para uma menina de 12 anos (na cabeça da maioria das mães). Conclusão: tive que trocar de escola na antiga 6ª série, uma vez que não poderia ir sozinha ao “colégio-paraíso” por medos maternos que só a psicologia explica e que talvez eu entenda quando tiver um filho. Mas “tudo bem!” Com isso, fui estudar numa outra escola pública de dar medo. E foi lá que concluí meu Ensino “Fundamental”, ainda que eu não soubesse muito bem na época que isso era bem contraditório, já que, até então, eu não tinha tido O fundamental. Enfim... formei-me! E formei-me falando “pra mim fazer”( e Naty sabe bem disso. Obrigada, amiga, Valtinho e saudoso Alan rsrs), “menas”, “meia nervosa” e só! Rsrsrsrs. Até porque, eu mandava bem com a minha maneira prolixa, porém bem original na hora das redações e respostas discursivas(que a maioria dos colegas odiava). Eu possuía um saber expressivo e elocucional, linguisticamente falando, que camuflava as defasagens do saber idiomático. E hoje, antecipando o final deste texto, eu valorizo e muito nos meus alunos a capacidade que eles têm de se expressar sem, é claro, deixar de orientá-los em suas dúvidas gramaticais.
Pois bem, veio o Ensino Médio. Médio??? O meu, mais uma vez, era menos que médio(uma espécie de eufemismo só pra não dizer fraco...rs). Fiz a prova e lá estava: Central do Brasil. Ora, ora, 3 anos sem professor de Química e Matemática. Aff! Mas antes que me achem pessimista, eu hei de exaltar a minha grande professora de Biologia, a quem devo até hoje a minha alta pontuação na 1ª fase da UERJ pelos seus inesquecíveis ensinamentos sobre genética, teoria da evolução e tudo o mais que precisamos para levar ao vestibular e à vida. E vivam os genes recessivos, dominantes e suas probabilidades!
Aí, bateu a neura: como encarar um vestibular agora?!?! Eu tinha algumas opções: matricular-me num ótimo pré(Fora! Não tinha grana); Ir trabalhar pra pagar este ótimo pré(Fora! Não ia aguentar o pique por motivos pessoais e familiares que enfrentava); Estudar sozinha em casa (Fora!Nos primeiro 15 dias eu já estava odiando tudo porque tenho algum grau de hiperatividade que não me permite muita concentração e, além do mais, muita coisa eu nem tinha visto na escola). Então, começar por onde? Tentar o vestibular com o conhecimento acadêmico que eu tive, ainda que precário, junto ao meu conhecimento empírico, vindo de todas as fontes de informação que eu soube sugar muito bem (feito!).Já sabia que queria Letras, e não mais Jornalismo, o que já era meio caminho andado... Resultado: fiz 2 meses de projeto UERJ, única opção pagável naquela fase, que pra quem sabe bem é uma correção frenética de exercícios sobre os quais eu NUNCA tinha visto na teoria no Ensino Médio, com algumas exceções. Revisava em casa com bastante interesse o que conseguia absorver no projeto. Então, Resolvi tentar a UERJ para testar “não sei bem o quê” e lá estava eu, tipicamente uma vestibulanda: aflita, cabeça baixa, mão na testa enquanto pensava nas respostas ou enquanto esperava algo do céu! Conclusão em 3 etapas: fiz tudo o que sabia, tudo o que achava que sabia e tudo o que não sabia, escolhendo uma letra igual a todas para um chute mais certeiro. Isso não é orgulho, claro, mas quando saiu o resultado vi que foi o que me ajudou a não zerar o que era impossível fazer com o conhecimento que eu não tinha e garantir o que de fato eu dominava naquela prova. Assim, passei pra segunda fase(específica) com B(acreditem!), pois me saí muito bem em Literatura, Português, Biologia, Geografia e razoavelmente em História e Espanhol. Sobre as demais, prefiro não comentar...
Já na segunda fase, tentei focar nas específicas, mas a falta de base me desanimava quando eu lia coisas que não entendia. Estudei como pude ou como me foi conveniente, tamanha era a preguiça, confesso, mas encarei a “segundona”. Resumindo: ótima em redação e bom rendimento em LP, ESP e LIT. Já História... foi a decepção. Então, como tivemos apenas 1 reclassificação naquele ano, eu não consegui entrar; e não sei se conseguiria caso tivesse uma segunda. E, cá pra nós, não me senti frustrada pelo resultado, óbvio que não. Tenho plena consciência de que meu “esforço” não foi nem um pouco compatível com o grau de exigência e responsabilidade de um vestibular. Desta forma, sobraram-me 2 alternativas: tentar um pré comunitário ou ingressar logo numa faculdade particular. Sendo honesta, optei pela segunda por comodidade, por pressa, por preguiça, por covardia... Mas e a grana que me faltou para o cursinho??? Revelando: usei a meu favor o fato de escrever bem e mandei ver na redação, com isso, ganhei um bom desconto e logo, logo, tornei-me universitária. Ah, claro que não foi o melhor caminho, analisando tudo minuciosamente e com uma auto-crítica em nível elevado, porém não foi o pior, eu lhes garanto. Fiz um pacto comigo mesma de fazer a diferença na faculdade “pagou-passou”(e esse pacto também valeria pra pública, vale lembrar) que, com toda a minha franqueza, nem sempre o rótulo é válido, e nem sempre é descartado(mas não vou entrar neste mérito). O fato é que eu tive professores “medíocres” e professores devidamente comprometidos com sua prática acadêmica. E dei sorte de cair na mão da maioria deles. Tive um corpo docente em Literatura excelente, outro muito bom em Língua Portuguesa e um razoável em Língua Espanhola, mas corri atrás por fora e fui fazer um curso de espanhol na UERJ, com grande seriedade.
Tracei, intencionalmente, um universo paralelo entre os 2 mundos: universidade pública e privada. Ali estava eu, respirando os 2 universos tão segregados pela maioria de egos inflados, através das palestras oferecidas em ambas, dos congressos que tinha como maioria esmagadora as federais e estaduais, dos bate- papos informais com colegas das duas instituições, de professores que lecionavam lá e cá, dos muitos eventos que eu fuçava e encontrava mesmo não sendo uma aluna “direta”(leia-se: graduanda) do campus Maracanã. Eu era apenas uma menina que lá fazia um simples curso de idiomas. Mas como suguei aqueles andares... Bem como os shows na concha acústica, os teatros, os auditórios e os discursos inflamados de seus doutores e personalidades convidadas a palestrarem a quem quisesse ouvir; e eu quis.
A partir de toda esta experiência e da maturidade acadêmica que fui adquirindo gradativamente, eu me tornei uma “grande cabeça” (dos intelectuais e dos sociáveis da minha faculdade, a quem me reservo o direito de não fazer propaganda gratuita rs). Eu fui levando a sério a coisa de fazer a diferença ali dentro. Apresentei bons trabalhos em seminários (destaque pra apresentação de Polyana aos contistas de Noite na Taverna”. Deu o que falar!), suguei ao máximo meus grandes professores, fiz prova para monitoria em Língua Portuguesa e Latim, passei e, consequentemente, uma bolsa integral me foi dada. Tive o melhor orientador da instituição, que se tornou amigo e, hoje, colega de profissão. Ah, e ainda arrumei um namorado(coisa rara na faculdade de Letras rs).
E antes do canudo universitário eu tive conquistas profissionais importantes, porém graduais: estágio remunerado(rs)em 2 escolas, professora de curso de idiomas, primeira aprovação em concurso público(ainda no 3º período, assim como a dona do blog J ), vice-coordenação de escola e uma série de outros caminhos dentro do magistério.
Mas a vida acadêmica não se encerra, renova-se. Logo, fui buscar aperfeiçoamento, novas descobertas e resolvi tentar uma Pós pública (pra fazer uma espécie de compensação comigo mesma por ter desistido lá atrás do vestibular). E consegui. Consegui não apenas uma pública, mas a melhor na minha área. Consegui uma das 40 vagas que lá estavam disponíveis naquela espécie de vestibular (vários canditados, 4 horas, fiscais, pererê, parará). Com uma crise de amigdalite cruel eu obtive força divina e fiz uma das melhores provas da minha vida (tudo bem que à noite a amiga Naty teve que me levar ao hospital...kkkkkk). Agora, estou na minha fase de conclusão monográfica (depois de pedir todas as prorrogações possíveis rsrss) e cheia de dúvidas quanto ao que quero profissionalmente. Tenho certeza do que não quero mais, o que já ajuda neste mundo de constantes pressões.
Não me arrependo em momento algum de ter escolhido a carreira que escolhi. Além de uma paixão pela Língua Portuguesa(hoje, bem mais do que pela Espanhola), pela Literatura e por tudo que as envolve, eu tenho a tranquilidade de saber que a minha escolha acadêmica (já anunciada na infância) servirá pra TUDO o que eu vier a fazer na vida. E mesmo que eu ganhe na mega-sena e decida não fazer mais nada oficialmente, ela me será útil. Útil por motivos diversos e antagônicos, que nem sempre terão a ver com as gramáticas, com os arcaísmos, com os dicionários, com os clássicos literários. A Língua Portuguesa me deu cultura, assim como me ensinou a cometer vícios de linguagem sem que eu fique presa aos julgamentos dos que me ouvem ou leem(pois quem conhece bem a minha trajetória acadêmica e profissional sabe, por tabela, que eu posso me desprender de certas formalidades linguísticas sem ter medo de ser mal compreendida). Aqui, faço uso do meio termo pra não desprestigiar o blog da minha amiga...rsrsrsrs
Seguindo: Amo lecionar, mas ando com uma vontade imensa de experimentar os sabores de outras áreas. São porquês ainda sem respostas definidas, mas hei de tentar novos caminhos. Não me culpo por isso, não me sinto fraca e nem covarde por, de repente, começar do zero numa área profissional intransitável por mim, até então. Entretanto, eu não sou adepta aos radicalismos, o que quer dizer que, se não der certo, eu volto se quiser voltar, ou pego atalhos que ainda não me foram apresentados.
Façam suas escolhas, mediante seus desejos. Melhor que não sejam impulsivas, como foi no meu caso, mas, se assim acontecer, há tempo para um novo começo. Espero ter podido ajudar a todos que estão na fase de escolhas (independente do vestibular).
Expus da forma mais latente a minha trajetória pra mostrar que às vezes começamos por caminhos meios “tortos”, meio bambos, mas acabamos numa linha linear e mais segura. E não tive em um só minuto a intenção de levantar a bandeira do “não passou pra pública??? Não perca tempo, vá agora para a particular da esquina da sua rua.” Quis apenas mostrar que há muitos caminhos, muitas opções. A minha escolha inicial não foi a mais acertada em alguns aspectos, só que soube consertá-la sem que me causasse nenhum dano. Honestamente, sei bem das diferenças entre as duas pontas do ice Berg e creiam: não são mitos, elas de fato existem. Algumas são mais visíveis, outras nem tanto, mas existem. Mas este relato destina-se a uma reflexão que vai além do “o que é melhor, pública ou privada?”; ela quer levá-lo(la) a outras indagações, nem mais, nem menos importantes, mas que têm a ver com “o que é melhor pra mim?”
Apesar da ênfase a alguns resultados, a algumas conquistas, não quero lhes passar um discurso pretensioso. O meu real objetivo é mostrar que tive minhas limitações, tive minhas inquietudes, meus atos de covardia... No entanto, dentro da minha realidade, acredito ter superado dificuldades, ter conseguido virar o jogo. Isso não quer dizer que tenho uma história incrível, destas de dar matéria no Fantástico, mas pode ser uma história que ajude a construir outras, que ajude a somar em algum sentido ou que simplesmente sirva de base para você dizer: quero fazer tudo diferente. Eis-me aqui, apenas contribuindo.
terça-feira, 9 de março de 2010
Contribuição de Aninha: crônica de Martha Medeiros
Adorei também essa crônica sobre o que significa ser mulher...
PS: Quantas identificações com os questionamentos implicitos.. rsrsrs
PS: Quantas identificações com os questionamentos implicitos.. rsrsrs
"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas! E, entre uma coisa e outra, leio livros. Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero. Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela. Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante."
(Martha Medeiros)
O depoimento vestibulando e profissional da Mariposa
Esse depoimento é pra estimular todos aqueles que se sentem pressionados a escolher quando não queriam e ao mesmo tempo sem tanta satisfação em uma escolha que se julga definitiva. Nada é definitivo! Nunca é tarde pra movimentar de novo sua rota da vida e caminhar para outros cantos. Vá em busca de seus sonhos.
Um belo depoimento da Mariposa... rsrsrs..
Obrigada, Mary.
3º ano do segundo grau, que época difícil.. Época de decidir qual carreira seguir, qual que se identifica com suas características, com seus sonhos e talentos.. Época de também lidar com a ansiedade dos pais, sempre afoitos a "palpitar" nas escolhas dos filhos.. Nesta época meu interesse era por arte.. Queria fazer arquitetura por adorar ler revistas de decoração e ficar apaixonada por cada casa com estilo arquitetônico diferente.. Nesta época fazia curso de desenho e gostaria de ter um atelier.. enfim, meu lado artístico e sensível já estava aparecendo.. Fiz vestibular para arquitetura.. Passei para a segunda fase da UFF, mas me surpreendi com a reprovação na prova específica da UFRJ, de desenho.. Pensei: acho q não dou p isso.. rs.. Foi nesta época que passei para a faculdade de engenharia têxtil no Senai CEtiqt, uma prova que fiz só para testar minhas habilidades no vestibular.. Então fui p lá, já que havia decidido não fazer mais arquitetura ou desenho industrial, pq o que queria mesmo não era planejar projetose plantas de casas e sim fazer mosaico, ter um atelier, sei lá, gostava de trabalhos manuais.. Então me vi perdida e com uma faculdade de engenharia têxtil pela frente, que resolvi fazer até me decidir pelo que queria da vida..
Foi aí que, após ter passado um tempo lá no Cetiqt, descobri um talento, um desejo diferente daquilo.. Fazia aula de dança de salão no Jaime Arôxa e ficava lá todos os dias da semana á noite e só pensava em dançar.. Resolvi fazer Fisioterapia pq também na época tratava minha escoliose com RPG e achei bem bacana a profissão.. Também gostava de ir ao Mundo verde e entendia sobre shiatsu e terapias oreintais mesmo sem ter estudado..
Resolvi estudar fisioterapia.. Tinha tudo a ver comigo.. E realmente tinha, uma profissão encantadora, que me apaixonei..
Mas de fato é louco termos que escolher o que queremos fazer pelo resto de nossas vidas com 18, 19 anos..
E mais.. Também mudamos durante a vida e também temos diferentes talentos e anseios..
Outro dia ouvi a história de uma filha de cantores líricos (a mãe era e o pai, apesar de ser funcionário público de um banco, tinha uma voz linda e também cantava como hobby). Pois hj essa menina mora no interior, na mesma cidade que o pai e escolheu não se dedicar ao seu talento.. Diz que é mais feliz lá, tendo uma vida mais tranquila, vendendo sapatos e casada com um cantor.. Que coisa, um talento desperdiçado? sim, mas foi a escolha dela..
E de tantas histórias diferentes, chego a uma conclusão: a única escolha certa é ser feliz, por mais bizarra que possa parecer sua escolha.. Um casal resolveu que amava o mar e resolveram embarcar co toda a família num barco e conhecer o mundo.. Se essa for sua escolha, não tenha medo de mudar..
Não foi fácil para mim mudar mais uma vez.. Mas cheguei á conclusão que não seria feliz sendo fisioterapeuta e dedicando meu tempo a isso somente(sim, pq se já é difícil ter tempo hj, que só trabalho, imagina com filhos, que desejo te-los um dia..). Decidi então fazer concurso público e ter segurança de um emprego que só me ocupa 8 hs do dia e poder voltar a dançar, (que gosto mais do que trabalhar com qq outra coisa), e me edicar à arte, pois este é meu verdadeiro eu.. sem a arte a vida fica sem graça para mim..
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