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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Chico, chuva, Xavier...

Entre os acontecimentos recentes, dois estão aqui consumindo as palpitações do meu coração... as chuvas do Rio de Janeiro - minha cidade tão amada - e o filme de Chico Xavier. Qual é a conexão entre os dois além de terem adentrado minha vida hoje? Ainda não concatenei bem as idéias mas o fato é que em minha alma se encontraram...

Venho declarando cada vez com maior intensidade o meu amor pela minha cidade. Amo o Rio de Janeiro, amo o encontro da serra com o mar, amo a descontração dos cariocas, amo ser carioca, amo o samba e o futebol no Maracanã porque são irresistivelmente charmosos, amo a permissão das havaianas para qualquer ocasião, amo a dupla mate de galão com biscoito globo na praia, amo a Lapa butecão e sofisticada, amo os nossos inúmeros cartões-postais. Até o mau-humor com os dias nublados é perfeitamente acolhido. Hoje, ao sair de casa pela primeira vez depois de todo esse caos meteorológico fui arrebatada por uma tristeza em grau crescente de enormidade. Sem hipérboles, sem demagogia, sem supervalorização dos fatos, sem ufanismo.. É triste sentir nosso espaço, nosso lugar, assim sem rumo, silencioso mesmo no ruído. Cada buraco cedido do asfalto, cada galho arrastado no chão, cada lugar empoçado, cada encosta desnuda, cada fio desencapado ou dependurado pro chão... Parece que está tudo fora da órbita ainda, que as pessoas ainda se encontram sem compreender a magnitude de tudo, do caos instaurado, da força da natureza aliada à estupidez da razão humana. Ou seria melhor dizer da desrazão... Chorei, senti minha energia engolida. Porque de fato, aquilo que os olhos enxergam e ao mesmo tempo sentem ( que é bem diferente do que simplesmente mirar, olhar) é de fazer explodir qualquer energia puramente construída pelo virtual, pelo midiático, pelos canais de informação. Sentir o impacto direto sem nenhum atravessador, ou canal de conexão, ou seja, coexistir nesse espaço e nesse tempo com a cidade que de certa forma é uma célula viva, e inteiriça por si só, é completamente diferente. É mais lúdico, mais real e imensamente mais depurador de emoções. 
Segundo as estatisticas jornalísticas, nunca houve magnitude tamanho de resultado em outros eventos pluviais como esse. Vivenciar isso é repensar em tanta coisa... Meu lado pollyana tb aflorou confesso, e também agradeço por ele vir à tona. Ver a solidariedade, a comoção, a cooperação, a força pra ajudar ao outro, se sensibilizar com o drama alheio e se movimentar é bonito de se ver, é terno, fraternal. E daí, vem a minha conexão com Chico Xavier...

Chico Xavier - com todas as minhas críticas sempre realizadas a qualquer projeto Globo filmes - é um filme que só por relatar uma história de vida de tanta doação e desprendimento do "eu", ontologicamente falando, vale a pena ser visto. Não é enxergar o heroísmo da pessoa, mas o altruísmo do carater. E, pensei, nossa, como faltam no mundo tantos Chicos como esse... não pela sua capacidade mediúnica - assunto que simpatizo mas que não tenho nenhuma aptidão nem domínio para descorrer sobre - mas pela dedicação que ele enquanto um ser humano falível que todos somos, doou ao outro, ao próximo, ao longe, ao mundo, à sociedade. 

Acredito na Revolução do Indivíduo. De fato. Acredito que no momento em que todos os seres vivos encontrarem o seu caminho insubstituivelmente único e instransferível dentro desse macrocosmo, que é a vida, que é o universo em evolução, (pq isso aprendi com uma amiga: o Universo caminha para a evolução do macrocosmos, através de todos os microcosmos, mesmo quando numa mirada breve parece involução) e aceitarem-no, tudo que é chamado de ruim, que representa imbróglio, se dissolverá. 
Quando vejo esta solidariedade - por conta desta questão das chuvas - ocorrendo tão despreendida, acredito ainda mais nisso que me move. E, me concentro em pensar no quanto de pessoas como Chico Xavier estão enraizadas por aí, por caminhos pedregosos, que só estão precisando ser despertadas. Não somente através de doutrinas espíritas, ou do que escolhi  acreditar como um axioma que é a Revolução do Individuo. Em todas as escalas, em todas as esferas, em todas as crenças, em todos os tipos de fé, em todo o bem.   
Espero poder contribuir pra vibrar ainda mais essas energias que se afinam para o amor ao praticar o bem. Desejo isso de fato. E tenho ainda mais esperança e fé quando vejo esse movimento que nasce do individual (de cada pessoa) mas se reflete coletivamente e com intensidade, soprando esperança e vida pra quem está agora, tão distante do que torna a nossa existência colorida.





http://tweetmic.com/p/rgne0dbz27x Uma critica do filme em audio de Pablo Vilaça.

2 comentários:

  1. Olá,
    meu nome é Fernanda Mussauer e sou aluna da Gisela.Amei seu blog!Já virei fã!Add nos meus favoritos!Beijoa e bom fim de semana.

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  2. Obrigada Fernanda. SE tiver alguma lista ou tema a ser compartilhado sinta-se a vontade pra me mandar. Um beijo grande e a vontade de continuar vem daí.

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