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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Do tempo das geladeiras brancas e telefones pretos ao escoar pelos dedos...



Eddie Vedder em Hard Sun. Por que escuto essa música quase todos os dias?????? Porque ela me faz lembrar o quanto as coisas que tem muito sentido se vão, escorrem no grande ralo do tempo... E, sincronicamente, vamos sendo engolidos pelo tal "caminhar da vida" e nos importando menos com o que é para se importar.
Importar... Ambiguamente pode ser comprar algo de fora assim como valorizar as relações que se têm.
Essa música é o tema principal da trilha sonora do filme: Into the wild, em português "Na natureza selvagem". Assisti esse filme ano passado e a cada vez que penso nele e na trajetória do garoto do filme, mergulho em mim. Esse ano dei um salto para dentro. Ganhei novos horizontes nas retinas do mesmo cotidiano. Acrescentei colorido ao painel opaco. Muitas coisas antes indissolúveis de mim mesma se desfizeram. E, assim como as geladeiras da vovó e os telefones de girar e discar pretos hoje rebuscam nossa capacidade de memória.
Melhor do que pretender ser forte é se sentir forte. E, se sentir forte é se convencer ainda mais do quanto nada é irreversível psicologicamente. 2010 foi um ano incrível. Rico, produtivo, hedonista, narcísico como os mitos gregos...Me encontrei um pouco mais em mim mesma. E é tão bom perceber que mudar é novo, transformador e belo. Novamente o belo dos gregos. Mudar é movimento, é ação, é caminhar pelas rotas da vida... Não houve até então ano que eu tenha me dedicado mais a me sentir comigo mesma que esse. E, sim, ele foi maravilhoso por conta disso.
Na Natureza Selvagem (Into The Wild, 2007) é inspirado no livro homônimo, escrito por Jon Krakauer, sobre a vida de Chris McCandless. Aos 22 anos, o jovem largou sua estável vida de bom aluno e classe média-alta para partir em busca de liberdade e aventura. Deixou para trás também a sua própria identidade, rebatizando-se Alexander Supertramp. Com um destino em sua mente, o longínquo e desabitado Alasca, ele foi cruzando o continente e as vidas de muitas pessoas que lhe davam carona, casa ou um emprego temporário. E dizem por aí que Sean Penn encontrou o livro na lixeira hein... Uma dica imperdível pra quem gosta de curtir crises existenciais e saltos para o infinito de si.
Não, esse post não era pra falar de sensações anuais de 2010. Queria falar de memórias alegres, daí o título.. mas o clima ja me contagiou e foi inevitável.. E, sim, pra justificar, uma memória bastante longínqua em tempo e de pessoas vem transbordando de meus pensamentos.

Um comentário:

  1. Eddie Vedder!!! Um grande e eterno herói de minha adolescência...

    Doces Beijos

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