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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Comer, Rezar, Amar: um novo mundo depois desse encontro (Post para Dé)


Este é um assunto que já tinha certeza que estaria aqui mesmo antes de ler este livro. Indicação? Expectativa? Promessa? Não, uma simples intuição feminina. Como todo o teor que essa definição de gênero pode carregar...

Me entreguei a essas páginas com tamanho envolvimento como nunca tinha me encontrado com nenhum outro livro. Ou nada que minha memória alcance por agora. Sim, foi um grande encontro.
Sempre fui uma devoradora voraz de livros que se aprofundassem com o meu momento de leitura, ou que eu identificasse traços de meu mundo ou daquilo que gostei de ter aprendido. Os livros sempre foram uma fonte de assimilação de sopros da vida que sempre recorri. Gosto de ler coisas que me esclarecem mais do que sou, ou melhor, estou. Das características mais superficiais às mais enraizadas. Com "Comer, rezar, amar" tudo foi diferente. Pela primeira vez quis digerir todas as linhas bem devagar. E, sim, "digerir" aqui muito menos metafórico do que possa ser.
Preciso fazer um adendo sobre o significado disso também. Sempre estive (e a partir de agora não mais "FUI" como costumava me entitular) com muitos traços de intolerância e preconceito com best-sellers do momento. Um misto de arrogância acadêmica com falta de paciência com os classificados como auto-ajuda. Achava uma literatura rasa e justificadora de "incentivo de leitura de facil acesso a quem não gosta de ler". Ou, simplesmente criticava quem enxerga livros como bulas de remédios para soluções que devem ser encontradas em você mesmo. Mas esse é o meu ponto de vista, a receita que não serve pra mim, mas as pessoas são diferentes. E viva a alteridade.
"Comer, Rezar, Amar" é o relato da autora Elizabeth Gilbert sobre o ano que passou viajando ao redor do mundo em busca de sua recuperação pessoal. O livro ganhará uma versão para o cinema, com Julia Roberts no papel principal. Resenha clichê num primeiro olhar. E, de fato é, e não encontrei desde então nada mais além e adequado que este livro para eu reavaliar os meus horizontes e julgamentos. Porque não houve nada mais coerente do que eu precisava ler e sentir por esses tempos.
Você não vai encontrar nessas páginas um Dostoiévisk, um Nietzsche, um Saramago, um Guimarães Rosa... Nem Revista Boa Forma ou incentivadores declarados de como "Quem mexeu no meu queijo"... Na verdade, não sei o que você vai encontrar.. Eu encontrei uma mulher que fala de uma experiência de mulher, para outras mulheres. Para mim, subjetivamente a narrativa de maior encaixe e que me fez refletir demasiadamente e como ninguém sobre o que significa pertencer a esse gênero nesse mundo contemporâneo.
A mensagem que ficou pra mim: descubra em você mesmo o que é ser alguém com experiências humanas e espirituais para saber melhor de si e do universo que você está vivendo. As respostas estão sempre aqui dentro. Na alma.


PS: Para Dé, o porque ela sabe. Especialmente para ela mergulhar ainda mais nesse seu universo particular. Espero que saiba ainda mais depois da leitura. Positividade amiga! Você me fez ter coragem de escrever sobre o livro o mais rapido possivel!

Um comentário:

  1. Amiga... Ha momentos na vida em que a unica palavra que sai eh: - "Obrigada."
    Obrigada Deus, pela oportunidade de sentir (tudo e todos), enxergar e respirar.
    Obrigada Universo, pela leveza com que coordena os acontecimentos e encontros.
    Obrigada Amor Maior, por ser tao presente e inexplicavel.
    Obrigada Anjos protetores, pela atencao de cada segundo.
    Obrigada Lagrimas, por nao deixarem cicatrizes.
    Obrigada Vida, por nao desistir de mim.
    Obrigada Nat, por vc existir.
    "Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama.
    ...
    Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro..."
    Lispector

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