Numa leitura de internet me indicaram esse site e me derreti por ele. "Learning to love you more" foi criado com a seguinte proposta: a partir do cumprimento de tarefas especificas, sugeridas no site, seriam criadas fórmulas como sugestões de vivenciar a felicidade.
Numa das minhas andanças por lá, encontrei o seguinte post: As pessoas deviam executar a seguinte tarefa: criar um banner que as encorajasse a concretizar coisas boas. Separei alguns deles que me encantaram:
Dedico a tantas pessoas especiais da sua forma.
domingo, 24 de julho de 2011
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Diálogo (Pseudo) de um café
_ Um capuccino, por favor. E você ?
_ Um café aromatizado de macadâmia. mas então, você vinha dizendo...
_ Tive um colapso nervoso dia desses. Já mencionei minha terapeuta pra você, não?
_ sim, sim ...
_ Pois bem, minha última sessão ainda está bem marcada nas minhas reflexões, debatíamos as posturas do gênero feminino pós-moderno, e foi de um resultado intenso e complexo.
_ E o colapso foi decorrente disso?
_ Antes fosse... não... chegando em casa, agora que eu ando mais de atitudes cibernéticas do que presenciais, fui arrebatada pela curiosidade de conhecer as opiniões dela, por uma dessas redes sociais da moda. E, aí... encontrei o seguinte: " Em ritimo de férias. Viajem marcada pra Paris."
Engasguei! não teve como não...
_ Veja bem, ela como uma mulher ocupada, de muito trabalho, pode ter uma espécie de "internet user style"... Ou, ela aderiu aos padrões adolescentes de escrita na rede... Seja razoável...
_ Razoável ? Ela é uma fonte profissional de admiração de ideias, como posso ser flexível com isso? Por favor, assassinar a matemática é aceitável, nascemos da era viciada na máquina de calcular, agora o português não! E olha que sou permissiva até com o novo acordo ortográfico... E nada de linguagem adolescente para uma mulher madura... comportamento talvez...
_ Então seja Pollyana e fale do debate caloroso sobre o gênero feminino... partiu das ideias líquidas de Bauman?
_ Estava confabulando com o senso comum... Assim como ando acreditando em mandingas populares, pela experiência mesmo, fiquei divagando com o meu ponto de vista pessoal sobre comportamento, sobre o mundo do estrogênio... Acho que pensei mais em Beauvoir pra dizer a verdade... mas enfim, coisas que não combinam mais com o feminino pós-moderno definitivamente: ausência de amor próprio e auto-sabotagem de identidade.
_ Vamos lá... é preciso contextualizar, porque se formos levar tudo ao pé da letra, você pode estar sendo extremamente xiita com aqueles ensinamentos (bregas, sim) mas super catolicamente românticos e comuns por aí de: "lute pela sua felicidade", "corra atrás de seus sonhos", "não deixe o verdadeiro sentimento fugir e a covardia te dominar".
_ Minha nossa, você está parecendo livro de auto-ajuda!!!!! Sò faltou a tatuagem: "Gentileza gera gentileza". ou conectar a internet via blackberry pra divulgar... Porque se não for de "cereja preta" não é a mesma coisa...
_ Que palavras ácidas... (risada sarcástica) cadê o altruísmo? Há mulheres que acreditam que determinadas receitas sociais são as bulas de remédio pra autoestima.. Tipo: namoro,marido, filho, magreza... Que se sentem depressivas sem as tais medicações imposicionais. Mesmo que o sorriso programado e o discurso transmitam o contrário.
_ Concordo.... e acredito que a maioria delas seja de gerações passadas... Por que não quebrar os protocolos então? Se bem que seria muito chato a falta de alteridade. Aliás, são perdoáveis aquelas que sonham no desespero do momento, essas são genuínas e autênticas, se é pra sangrar, que seja. Agora, quanto às homeopaticamente humilhantes, quero bem longe do meu raio de circulação. Pisoteiam o orgulho feminino. Gente, não é preciso queimar sutiã, basta lamber seu espelho sem ter saudosismo com os nojentos pêlos do prestobarba que antes te incomodavam acumulados na pia... Tão simples.
_ E fotos? marcas da sua história ou pendências a serem eliminadas?
_ Relativo... Aquela com o garfo que foi lambido por "ele", ou com a areia desenhada com coração, por favor! E não me venha culpar o alterego...
_ As vezes, a pessoa só quer ter boas recordações... mas ja que você tocou no alterego, fale da outra questão, da auto-sabotagem de identidade. Se formos pensar em Bauman, ele diz que o mundo do autêntico está diluido... que essa tal modernidade é de gosto líquido, que escorre fácil pelo ralo... Que tanto prolifera quanto escoa rápido. Não seria uma tendência generalizada essa tal "auto-sabotagem" na identidade nos dias de hoje?
_ Ou seria o famoso "ser pop", mesmo quando se diz "alternativo", "cult" "regionalista" ... Sim, acredito que exista isso na maioria dos casos... É bom viver num mundo em que se aprende a aumentar a sua bagagem de diversidade, especialmente a cultural, porque essa é a marca constante dos nossos dias. Agora... existem duas outras questões aí: Primeiro: não seja "a mais nova da tribo" porque você acha que mostrando isso ao mundo você é mais interessante. Aprenda a aprender a gostar. Não diga que conhece o livro se você só leu a contra-capa. Não viva no raso pra achar que está se igualando.. não é tentar correr atrás, é trilhar o seu caminho a partir das novas ramificações. A não ser que seja declarado: sou atrasado e raso. Ponto final. mas quem assume?
_ E a segunda questão?
_ Auto-sabotagem pra aparecer pro mundo confirmando ainda mais a sua tendência de falta de amor próprio. Porque tem hora que é feio mostrar que você gosta do que o Faustão diz que é legal... mesmo que você realmente goste...
_ Bem, então pra você tudo, metaforicamente pensando, que se tornou pop de domingo a tarde da tv aberta joga no lixo?
_ Não. Ao menos seja pop antes de ser retrô...
_ Como assim?
_ Exemplificando pra você que soube bem apreciar um fenômeno pop... Se achar fã de Harry Potter só porque viu o último filme mas nem tomou conhecimento de quem é a Winkie? Ou, começar a ser fã de Teatro Mágico depois que ele já participou até da novela de Manoel Carlos? Ou, ir a um show do Los Hermanos, e perguntar: por que tá todo mundo gritando Pierrot? Perguntar: quem é esse "Bubu" que todo mundo grita no show do Camelo?
_ Intolerância é seu nome... acho que isso pode virar outra sessão terapeutica.
_ De fato, mas só volto pra mesma terapeuta depois que ela me explicar direitinho se conseguiu compreender todas as piadas de "Meia Noite em Paris". Porque senão, mando ela embarcar pra Las Vegas (mais apropriado) e não ofender a cidade luz...
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